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O que é mesmo o Santo Graal (e ele está na Bíblia?)

  • Foto do escritor: NerdHard Gerencial
    NerdHard Gerencial
  • 23 de jul. de 2024
  • 3 min de leitura

O Santo Graal é uma das relíquias cristãs mais icônicas que ainda não foram encontradas. Mas o que é o Santo Graal, afinal? De onde vem e por que é tão importante? É verdade que muitos alegaram ter o tesouro em sua posse, muita gente até apresentou teorias da conspiração, mas a busca pelo item continua até hoje.


Muitos de nós conectam a ideia do Santo Graal com Jesus na Última Ceia. Supostamente, foi esse cálice que ele usou, então é muito especial, certo?


Há também uma teoria de que José de Arimateia usou o Santo Graal para recolher o sangue de Cristo da cruz. Isso, é claro, concedeu ainda mais importância ao Graal. Mas a pergunta permanece: isso está na Bíblia? E a resposta é não.


Na verdade, foi só na Idade Média que o conceito do Santo Graal apareceu. A primeira referência a ele pode ser encontrada no poema do século XII 'Perceval, ou o Conto do Graal', de Chrétien de Troyes.


O poema faz referência a um cálice feito de ouro e cravejado de joias, mas não há ligação alguma com a Última Ceia, nem o o autor o chama de "Santo Graal".


A palavra inglesa "graal" vem do francês antigo graal, que tem suas raízes na palavra latina gradali. Embora seja provável que gradalis seja, na verdade, uma conversão da palavra cratalis, que vem do grego krater. Acontece que um krater era na verdade uma tigela, geralmente usada para misturar vinho. Então, não é bem um copo, ou um cálice, como muitos de nós imaginaríamos.


Cerca de 10 anos depois, o autor francês Robert de Boron pegou a história de Perceval e escreveu uma obra chamada 'José de Arimateia'. Este livro menciona a história de José (o homem que enterrou Jesus) e o fato dele usar o cálice da Última Ceia para coletar o sangue de Jesus.


Quando o túmulo de Jesus desapareceu, José foi preso. Mas então Cristo apareceu para ele e lhe deu o Santo Graal, que o sustentou durante seu tempo na prisão. José foi o primeiro protetor do Santo Graal e, mais tarde, outros tiveram essa função.


A história do Rei Pescador varia, dependendo do autor, mas em geral ele é descendente de José de Arimateia e o último protetor do Santo Graal. O Rei Pescador está amaldiçoado e aguarda um cavaleiro para salvar ele e seu reino. Esse cavaleiro acaba por ser Galahad (um dos Cavaleiros da Távola Redonda do Rei Arthur). Ele encontra o Santo Graal e cura o Rei Pescador.


O poema 'Parzival' de Wolfram von Eschenbach adiciona mais detalhes substanciais à história. Nessa narrativa, o Graal é na verdade uma pedra da coroa de Lúcifer, chamada de lapsit exillis. Que, por sua vez, é outro nome para a pedra filosofal. O que acaba envolvendo Harry Potter!


A história é cristã?


A história do Rei Pescador se assemelha muito à de um antigo mito celta. O rei-Deus Bran, o Abençoado, tinha uma espécie de caldeirão mágico que restaurava a vida e concedia sabedoria.


O escritor inglês John Hardyng foi o primeiro a fazer uma conexão improvável. E se o sangreal (palavra em francês arcaico para "Santo Graal") realmente significasse sang-real ("sangue real")?


Essa teoria de "sangue real" mudaria completamente tudo, pois incorpora a possibilidade da existência de uma linhagem secreta de Jesus Cristo com sua suposta esposa, Maria Madalena. Os descendentes de Jesus seriam o Santo Graal!


Em 2003, essa teoria tornou-se popular devido ao livro 'O Código Da Vinci', de Dan Brown. O livro se tornou um best-seller e, além de ganhar sequências no papel, a história ainda foi para o cinema e virou três filmes.


Essa teoria da conspiração, porém, existe há muito mais tempo que isso. Você pode encontrá-la em 'O Santo Graal e a Linhagem Sagrada', de Michael Baigent, Richard Leigh e Henry Lincoln, publicado no início dos anos 80.


O Santo Graal foi retratado em inúmeras formas de arte, incluindo o cinema. Antes de 'O Código Da Vinci' (2006), a busca pela relíquia foi liderada por Harrison Ford em 'Indiana Jones e a Última Cruzada' (1989).


Onde está o Santo Graal?


O poema 'Parzival', de Eschenbach, faz referência a uma ordem militar chamada Templeise. Esta ordem tem sido ligada aos Cavaleiros Templários. Rocco Zingaro di San Ferdinando, grande mestre dos templários na Itália, afirma ter o Santo Graal em sua posse.


A Basílica de San Isidoro, em León, Espanha, também afirma manter o Santo Graal.


O cálice que está na Basílica de San Isidoro foi usado pela Infanta Doña Urraca, e acredita-se que tenha sido levado da Terra Santa via Egito.

 
 
 

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